quinta-feira, 12 de abril de 2018

56ª Assembleia Geral da CNBB

Formação dos novos padres
e música litúrgica na pauta dos bispos
Liturgia e formação dos padres impõem reflexões aos bispos nesta quinta, segundo dia da Assembleia Geral da CNBB.
Os mais de 400 bispos reunidos para a 56ª Assembleia Geral discutiram nesta quinta-feira (12) sobre o tema central deste encontro anual: os desafios da formação dos novos padres. Além deste assunto, os bispos também trataram sobre a música litúrgica.
A formação dos padres repercute nesse ano, em vista da necessidade de atualização das diretrizes em vigor, aprovadas em 2010. Essa atualização é motivada especialmente pelo magistério do Papa Francisco e pela publicação pela Congregação para o Clero do documento, ‘O dom da vocação presbiteral’, que constitui a chamada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, que atualiza orientações para formação dos novos presbíteros.
Esses temas como de costume tomaram a fala dos bispos durante a coletiva de imprensa realizada nesta tarde.
Dom Pedro Brito Guimarães
Dom Pedro Brito Guimarães, membro da equipe de elaboração do texto sobre o tema central, falou que a discussão sobre a atualização das diretrizes ocorre há mais de um ano e têm movimentado bispos, padres e formadores nessa discussão.
O documento em questão, que ainda é um texto de trabalho, passa pela assembleia e depois segue para aprovação do Vaticano e por fim, a publicação no Brasil. A expectativa é que isso ocorra até o segundo semestre de 2018.
“É um trabalho muito bonito que a gente faz em conjunto, todos colaboram e certamente essas diretrizes terão um rosto da preocupação da Igreja no mundo de hoje”. Dom Pedro, e também os demais bispos, entendem que é preciso analisar a realidade atual onde o secularismo, o laicismo, a indiferença religiosa, a dispersão e a sociedade líquida, e outras tantas realidades implicam na formação daqueles que vão guiar o povo de Deus.
O arcebispo informou ainda que além do texto, os bispos tiveram acesso a uma pesquisa inédita que traça um perfil do padre brasileiro nas mais diversas realidades de sua vida e vocação.
A pesquisa foi realizada em 2014, e dos 22 mil padres existentes no país, alcançou 7 mil. “Nós agora temos um banco de dados da Igreja, para que quando quisermos estudar uma dimensão do sacerdote temos dados oficiais para essa finalidade”, pontuou.
Dom Armando Bucciol
Dom Armando Bucciol, presidente para a Comissão da Liturgia, destacou que os temas sobre a Liturgia são de grande interesse na Assembleia e por isso, a Comissão tem um grande trabalho à sua frente.
Entre os temas que a Comissão deve apresentar para os bispos, Dom Armando citou a penúltima revisão do Missal Romano, que já soma mais de 11 anos de trabalho, e que agora traz a atualização de inúmeras orações e antífonas das Missas Comuns e para as Diversas Necessidades, que atualizadas e fiéis ao latim sejam mais compreensíveis ao povo brasileiro.
Nessa assembleia, a Comissão traz ainda o tema da música litúrgica para ajudar todos os atores da Liturgia, incluindo músicos a compreenderem o sentido dos diferentes momentos do rito e os critérios para a escolha dos cantos. “É uma questão complexa”, enfatiza o bispo, “Pede competência não só musical, mas também litúrgica, cultural e espiritual”, para ser uma “música que vise e favoreça o encontro com Deus e uma experiência não só emocional, mas que anime e transforme a pessoa que vive o momento litúrgico”, assinalou.
Por último, o bispo contou que a Comissão também trouxe uma reflexão sobre o tema: Liturgia e Evangelização. Entre os diversos pontos desse assunto, Dom Armando destacou a forma como deve ser vivenciada a Liturgia, sem o que ele chamou de “criatividade selvagem”.
“Quem vive a liturgia animado e iluminado pela presença e força do Espírito, com certeza não precisa procurar expressões do que eu chamo de ‘criatividade selvagem’. Basta viver com intensidade e autenticidade a nobre beleza do rito da Liturgia Latina que adotamos. Eu faço votos que todos que presidem as celebrações compreendam e vivam o que a Liturgia lhe entrega”, enfatizou.
Dom Orani João Tempesta
O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, trouxe para a coletiva a mensagem que a Assembleia Geral deste ano enviará ao Papa Francisco.
Dom Orani leu a carta aos jornalistas, onde indica ao Santo Padre as reflexões e preocupações dos bispos.
“Dentro da carta estão explicitados tanto temas da nossa assembleia, como também do Santo Padre e a nossa comunhão e a nossa unidade com o Papa Francisco”.
Segundo dia - Neste dia os bispos tiveram uma sessão privativa, na qual tiveram acesso ao texto de trabalho do tema central e num segundo momento, em grupos, debateram o documento. No período da tarde, a assembleia continuou reunida para novas reflexões sobre o texto e ainda sobre questões relativas à Liturgia.
Na sexta-feira os bispos iniciam o dia com a Santa Missa, às 7h30, no Altar Central e depois seguem para o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida para as discussões diversas.
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Assista:
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