quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Homilia do Papa nesta quinta-feira:

São Paulo, exemplo de amor a Cristo

Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta quinta-feira, na Capela São Sebastião, no interior da Basílica Vaticana, onde está sepultado o bem-aventurado João Paulo II.
Todas as quintas-feiras, um grupo de fiéis poloneses participa da celebração Eucarística, na Capela São Sebastião, onde descansam os restos mortais de seu compatriota Karol Wojtyla. Mas, hoje, a celebração foi presidida pelo Papa Francisco, que pronunciou uma homilia, partindo das leituras da Liturgia do dia.
Amor a Cristo: centro da vida de São Paulo
Em sua reflexão, o Santo Padre destacou dois aspectos principais: a “segurança de São Paulo”, em relação ao amor a Cristo, e a “tristeza de Jesus” em relação a Jerusalém.
A respeito da “segurança de Paulo”, o Bispo de Roma citou as palavras do próprio Apóstolo: “Ninguém poderá me separar do amor de Cristo”, Com efeito, Paulo amava tanto o Senhor, porque o havia visto, encontrado e mudado a sua vida por ele, a ponto de declarar este seu amor inseparável a Cristo. 
Por causa deste amor, o Senhor tornou-se o centro da sua vida; nada o separou do amor a Cristo: nem as perseguições, as enfermidades, as traições, todas as vicissitudes da sua vida. O amor a Cristo era seu ponto de referência. E o Papa acrescentou:
“Sem o amor de Cristo, sem viver este amor, sem reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não podemos ser cristãos. O cristão é aquele que se sente atraído pelo olhar do Senhor, se sente amado e salvo pelo Senhor até o fim”.
Depois desta relação de amor de Paulo com Cristo, o Pontífice citou um segundo aspecto, extraído da Liturgia da Palavra de hoje: a “tristeza de Jesus” ao olhar Jerusalém e ao chorar por ela. Jerusalém não havia entendido o amor e a ternura de Deus. Ela não soube ser fiel a Jesus, não se deixou amar e tampouco amou o Senhor. Aliás, o rejeitou. E o Papa explicou:
“Estes dois ícones de hoje: por um lado, Paulo, que permaneceu fiel ao amor de Jesus, até o fim, suportando tudo por amor. Não obstante, sentia-se pecador, mas, ao mesmo tempo amado pelo Senhor. Por outro, a cidade e o povo infiel, que não aceita o amor de Jesus ou o aceita à metade, segundo a própria conveniência”.
Por isso, o Bispo de Roma exortou os fiéis presentes na celebração Eucarística, a imitarem a figura de São Paulo, a sua coragem, que vem do amor a Jesus; a contemplarem a fidelidade do Apóstolo e a infidelidade de Jerusalém. E concluiu: que o bem-aventurado João Paulo II nos ajude a imitar o amor que o Apóstolo Paulo nutria por Jesus. (Sedoc-MT)
                                                                                          Fonte: www.radiovaticana.va 
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013



"Comunhão dos santos"

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre encontrou-se, esta manhã, na Praça São Pedro, com os peregrinos e fiéis, de várias partes do mundo, para a habitual Audiência Geral de quarta-feira.
Entre os presentes encontrava-se uma delegação de superintendência do Iraque, com representantes de diversos grupos religiosos, que constituem a riqueza daquele país. A delegação estava acompanhada pelo Cardeal Jean Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. A propósito o Papa fez um apelo:
“Convido todos a rezar pela nação iraquiana, infelizmente atingida, diariamente, pelos trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade”.
A seguir, o Santo Padre passou a refletir, em sua catequese semanal, sobre uma das realidades mais bonitas da nossa fé: a “comunhão dos Santos”. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que, com esta expressão, se entendem duas realidades: a comunhão com as coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas.
Comunhão com Deus e comunhão fraterna
Hoje, o Bispo de Roma deteve-se, de modo particular, sobre a segunda realidade. Trata-se de uma verdade entre as mais consoladoras da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas que há uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Esta é uma comunhão que nasce da fé.
Mas, quem são os santos? O termo “santo” refere-se aos que acreditam no Senhor Jesus e são incorporados a Ele, na Igreja, mediante o Batismo.
O evangelho de João, explicou o Papa, atesta que, antes da Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos, da seguinte maneira: “Para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”. E acrescentou:
“A Igreja, na sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna. Esta relação entre Jesus e o Pai é a ‘matriz’ do elo de união entre os cristãos: se estivermos intimamente inseridos nesta ‘matriz’, nesta fornalha ardente de amor, que é a Trindade”.
Somente assim, disse o Santo Padre, podemos tornar-nos um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus consome os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões interiores e exteriores.
Logo, se existe este enraizamento na fonte do amor, que é Deus, então se verifica um movimento recíproco dos irmãos a Deus: a experiência da comunhão fraterna nos conduz à comunhão com Deus. Eis o segundo aspecto da comunhão dos santos que o Papa quis evidenciar, sobretudo nos momentos difíceis.
Com efeito, quanto é belo ajudar-nos uns aos outros na aventura maravilhosa da fé! No entanto, nos momentos difíceis, precisamos confiar na ajuda de Deus, por meio da oração filial e da humildade em abrir-se aos outros. Na comunhão dos santos, somos uma grande família, onde todos os componentes de ajudam e se sustentam uns aos outros. Aqui, o Pontífice passou a outro aspecto:
“A comunhão do santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. A comunhão espiritual, que nasce do Batismo, não é interrompida pela morte, mas, graças à Ressurreição de Cristo, encontra a sua plenitude na vida eterna”.
Há uma união profunda e indissolúvel entre os vivos e os mortos. Esta ligação entre o céu e a terra se realiza especialmente na oração de intercessão, uma das mais altas formas de solidariedade; é também a base da celebração de Todos os Santos e dos fiéis Defuntos, que se realiza nos próximos dias.
O Santo Padre concluiu sua catequese semanal exortando os fiéis a redescobrirem a beleza da fé na Comunhão dos Santos! Trata-se de uma realidade que envolve os peregrinos na terra, na qual, com a graça de Deus, viveremos para sempre.
Ao término da audiência geral, o Papa cumprimentou os numerosos grupos presentes na Praça São Pedro, cerca de 50 mil pessoas, entre os quais de língua portuguesa. Eis a sua saudação, acompanhada de sua Bênção Apostólica:
“Queridos peregrinos de Portugal, de Timor Leste e do Brasil: sejam bem-vindos! Daqui a alguns dias, celebraremos a solenidade de Todos os Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Possa a fé na comunhão dos santos lhes animar a encomendar a Deus, sobretudo na Eucaristia, seus familiares, amigos e conhecidos falecidos, sentindo a proximidade deles na grande companhia espiritual da Igreja. Que Deus os abençoe!”. (Sedoc-MT)
                                                               Fonte: www.radiovaticana.va     www.news.va
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pedido do Papa na missa desta terça-feira:

 Libertemo-nos de cômodos clericalismos 


Cidade do Vaticano (RV) - A esperança não é otimismo, mas uma “ardente expectativa” em direção à revelação do Filho de Deus. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta.
Capela Santa Marta
Tomando como estímulo as palavras de São Paulo na 1ª Leitura do dia, o Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão? Não é fácil compreender o que é realmente a esperança – disse o Santo Padre – mas podemos, desde logo, saber aquilo que não é. Seguramente não é otimismo:
A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Não, aquilo é otimismo, não é esperança. Nem a esperança é uma atitude positiva perante as coisas. Aquelas pessoas luminosas, positivas... Isto é bom, mas não é esperança. Não é fácil perceber bem o que é a esperança. Diz-se que é a mais humilde das três virtudes, porque se esconde na vida. A fé vê-se, sente-se, sabe-se o que é. A caridade faz-se e sabe-se o que é. Mas o que é a esperança? Para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz São Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus’. Não é uma ilusão.
A esperança é, portanto, mais do que otimismo, mais do que bom ânimo... Os primeiros cristãos – recordou o Santo Padre – consideravam a esperança como uma âncora na margem do Além. E a nossa vida é, precisamente, caminhar em direção a esta âncora – sublinhou o Papa Francisco:
Viver na esperança ativa
Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança.
“Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais que isso. Penso em Maria, uma moça jovem, que depois que ela sentiu que era mãe mudou a sua atitude e vai, ajuda e canta aquele hino de louvor. Quando uma mulher engravida é mulher, mas já não é só mulher, é mãe. E a esperança é qualquer coisa como isto.” (RS/BF
                                                                                          Fonte: www.radiovaticana.va
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Intenções de oração do Papa para novembro:

 Ajuda aos sacerdotes e envio missionário 

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco pede ao Apostolado da Oração para que reze, em novembro próximo, pelos sacerdotes e missionários. 
Rezemos pelo Papa e pelas suas intenções!
O Santo Padre propõe como intenção geral: "Para que os sacerdotes que experimentam dificuldades sejam consolados em seus sofrimentos, ajudados em suas dúvidas e confirmados em sua fidelidade."
Já a intenção missionária é "Para que as Igrejas na América Latina, como fruto da missão continental, enviem missionários a outras Igrejas". (MJ)
Todos somos chamados a rezar nessas intenções tão importantes para a nossa Igreja em sua missão evangelizadora.
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                                                                                        Fonte: www.radiovaticana.va

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Francisco na homilia matutina desta segunda-feira:

 Jesus continua intercedendo por nós, 
mostrando ao Pai as suas chagas 

Cidade do Vaticano (RV) – Jesus continua a rezar e a interceder por nós, mostrando ao Pai o preço da nossa salvação, ou seja, as suas chagas. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da Missa que ele celebra todas as manhãs na sua residência.
Jesus intercede por nós
O centro da homilia foi o trecho em que Jesus passa toda a noite rezando ao Pai antes de escolher os doze Apóstolos. “Jesus organiza o seu time – destacou o Papa – e logo depois é cercado por uma grande multidão que veio para ouvi-lo e ser curada. São as três relações de Jesus, observa o Pontífice: com o Pai, com os seus Apóstolos e com as pessoas. E Cristo reza ainda hoje: 
Ele é o intercessor, aquele que reza e pede a Deus conosco e diante de nós. Jesus nos salvou, somos justos graças a Ele. Agora Ele se foi, mas reza. Jesus não é um espírito! Jesus é uma pessoa, é um homem, com carne como a nossa, mas na glória. Jesus tem suas chagas nas mãos, nos pés, e quando reza mostra ao Pai o preço da salvação. 
Num primeiro momento, explicou Francisco, Cristo fez a redenção, nos salvou. Agora, Jesus intercede e reza por nós. “Penso no que Pedro sentiu quando o renegou e depois Jesus olhou para ele e chorou. Ele sentiu que Jesus tinha rezado por ele e por isso se arrependeu. “Nós, irmãos, devemos rezar uns pelos outros”, disse o Papa, exortando todos nós a pedirmos a intercessão de Cristo:
Ele reza por mim; Ele reza por todos nós e reza corajosamente porque mostra ao Pai o preço da nossa salvação: as suas chagas. Pensemos nisso e agradeçamos ao Senhor. Agradeçamos por ter um irmão que reza conosco, por nós, que intercede por nós. E falemos com Jesus, dizendo: ‘Senhor, Tu és o intercessor, me salvastes, me justificastes. Mas agora, reza por mim’. E confiemos os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas, para que Ele os leve ao Pai. (BF)
                                                                                          Fonte: www.radiovaticana.va
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domingo, 27 de outubro de 2013


Papa Francisco: 
Rezar juntos, em família, é muito bonito e dá muita força!

Cidade do Vaticano (RV) - Mais de cem mil pessoas participaram da missa presidida pelo Santo Padre na Jornada da Família, iniciativa que se insere no âmbito do Ano da Fé.
Em sua homilia, o Pontífice ressaltou que as Leituras deste XXX Domingo do Tempo Comum "nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã".
Em nome da fé
O Papa Francisco fez a sua reflexão em três pontos, desenvolvendo-a justamente a partir destas características fundamentais: a família que reza; a família conserva a fé; e a família que vive a alegria.
Na primeira (a família que reza), frisou que o trecho do Evangelho evidencia dois modos de rezar, um falso – o do fariseu – e outro autêntico – o do publicano.
"O fariseu encarna uma atitude que não expressa o rendimento de graças a Deus por seus benefícios e a sua misericórdia, mas a satisfação de si próprio", observou o Pontífice. O fariseu se sente justo, se orgulha disso "e julga os outros do alto de seu pedestal".
O publicano, pelo contrário, não multiplica as palavras. "A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência da própria indignidade, da própria miséria: este homem – observou o Papa – realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus."
Acolher a Palavra
A oração do publicano, acrescentou, "é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus que, como diz a primeira Leitura, 'chega às nuvens'", enquanto a do fariseu é ofuscada pela vaidade.
O Papa prosseguiu perguntando às famílias se elas rezam em família, aconselhando-as a fazerem-no, com humildade, deixando-se olhar pelo Senhor e pedindo a sua bondade, que venha a nós.
"É também questão de humildade, disse, reconhecer que precisamos de Deus, como o publicano!"
"E todas as famílias precisamos de Deus: todas, todas! Necessidade de sua ajuda, de sua força, de sua bênção, de sua misericórdia, de seu perdão. É preciso simplicidade: para rezar em família é preciso simplicidade! Rezar juntos o "Pai-Nosso", em torno da mesa, não é uma coisa extraordinária: é fácil. E rezar junto o Terço, em família, é muito bonito, dá muita força!"
Da segunda Leitura o Santo Padre extraiu a segunda característica fundamental da família cristã: a família conserva a fé. O Apóstolo Paulo, frisou o Papa, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental, e diz: "Conservei a fé" (2 Tm 4,7). Mas como a conservou? – perguntou Francisco.
Deus merece nosso louvor
"Não numa caixa-forte! Não a escondeu debaixo da terra, como aquele servo um pouco preguiçoso. São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou, levou-a para longe".
Opôs-se decididamente àqueles que queriam conservar, "embalsamar" a mensagem de Cristo nos confins da Palestina, acrescentou.
"Por isso fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diferentes, falou francamente sem medo. São Paulo conservou a fé porque, como a recebeu, a doou, embrenhando-se nas periferias, sem entrincheirar-se em posições defensivas."
Também neste ponto, disse o Papa, podemos perguntar-nos: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé?
"Conservamos para nós, em nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros?"
Francisco reconheceu que todos sabemos que as famílias, especialmente as famílias jovens, estão comumente "na correria", muito ocupadas; "mas algumas vezes já pensaram que essa "correria" pode ser também a corrida da fé? – perguntou. As famílias cristãs são famílias missionárias, disse, lembrando o encontro do dia anterior na Praça São Pedro em que se ouviu o testemunho de família missionárias.
"São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé em famílias e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias", reiterou.
Por fim, o Papa falou sobre o último aspecto: a família que vive a alegria. A esse ponto, Francisco dirigiu a todos uma pergunta, pedindo que cada um respondesse a si mesmo. "Como vai a alegria em sua casa? Como vai a alegria em sua família?"
Sagrada Família
"Caras famílias, vocês bem o sabem: a alegria verdadeira que se tem na família não é algo de superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis... a alegria verdadeira vem de uma harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar juntos, de suster-nos reciprocamente no caminho da vida. Mas na base desse sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, do seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter esse amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente."
Somente Deus sabe criar a harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos, e a alegria se esvai. Ao invés, "a família que vive a alegria da fé, a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade", observou o Papa.
O Santo Padre concluiu com uma premente exortação: "Caras famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a santa Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!" (RL)
                                                           Fonte: www.radiovaticana.va       www.news.va
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Reflexão para este

30º Domingo do Tempo Comum

A justiça divina é parcial. Isso mesmo! Não busquemos no Deus de Jesus Cristo a imparcialidade que se adapta mais facilmente ao nosso esquema racional. O Deus revelado pelo Senhor fica do lado dos pobres, dos indefesos, dos pecadores. Ele deseja salvar a vítima que sofre, e jamais condenar o pecador. A Bíblia fala do órfão e da viúva como imagens dos miseráveis que não têm nada a oferecer, apenas as suas próprias misérias. Estes são os destinatários da misericórdia de Deus. 
A palavra que melhor expressa a ação divina é a gratuidade. Ele não concede suas bênçãos por merecimentos, nem condena proporcionalmente aos erros cometidos. Historicamente, somos vítimas de uma visão casuística que relaciona obras e recompensa. Esta moralização baseada nos méritos e nas culpas não ajuda a criar pessoas livres. Uma religião que culpa e que incide seu discurso no pecado e na condenação não nos faz crescer com responsabilidade, mas cria corações escravos de normas, de preceitos e de projeções. Ser responsável pela vida significa aprender a acertar, e acertar por se sentir responsável pela construção de um mundo melhor, pela felicidade das pessoas e pela própria realização pessoal, sem desvirtuamentos ilusórios.
A fé humilde nos eleva
No Evangelho, a oração do fariseu é carregada de vaidade, de narcisismo. O narcisismo espiritual faz com que a pessoa construa uma autoimagem sem defeitos, uma projeção que leva o indivíduo a se sentir justo e, portanto, merecedor de recompensa. Para o narcisista espiritual o pecado machuca, traz uma culpa horrível. Isso porque suas falhas não permitem que ele mantenha sua imagem santa diante de Deus, o que o levaria ao mérito. 
O fariseu não dirige o seu olhar a Deus, mas olha para si mesmo. Faz sua “oração” carregado de vaidade, quase que exigindo de Deus as bênçãos divinas diante dos seus méritos. O fariseu cumpre uma lei, uma obrigação. Age por dever e não por amor. Acha-se forte, não vê que a verdadeira força vem de Deus. 
O publicano mostra que o mais importante não é a virtude, não são as obras, mas a fé e a humildade. Reconhece que é pequeno e indigno diante de Deus. Esta é a verdadeira oração: não aquela que se envaidece, nem tão pouco aquela que se culpa ao extremo, mas aquela que revela a verdade do coração, pois diante de Deus ninguém pode ter máscaras, todos são a pura transparência de si mesmos, a verdade desnuda. Somente esta transparência pode acolher a graça de Deus, não como mérito, mas como simples (e grande) abertura que possibilita a experiência radical do amor de Deus derramado em nossos corações.  
A fé vai além da vaidade. Pela fé humilde aprendemos a superar os obstáculos, mesmo na ausência de retribuições, porque nossa confiança está para além deste mundo. São Paulo nos deixa este testemunho: combater o bom combate, correr com perseverança, ainda que abandonado por todos, porque sabe em nome de quem corre e para onde corre. Não reclama do seu destino, não reclama de Deus, mas se oferece na certeza de que o Senhor não o abandonará. Isso não por méritos, mas por fé. 
Deus escuta a prece do humilde pecador. Deus escuta a prece de quem luta pelo anúncio do seu Reino de amor. Deus escuta a prece do pobre, da viúva, do órfão, do pequeno, daquele que sofre. Deus não se conforma com o mal, é seu adversário. Por isso, olha para os corações feridos com um coração chagado, na sua solidariedade, sem cálculos racionais, Deste modo, escolhe dar a vida por aqueles que não merecem e não podem retribuir. Por vezes, são estes que encontram o caminho do Reino muito antes dos que frequentam a Igreja todos os finais de semana. 
                                                                                             Padre Roberto Nentwig
     Fonte: catequeseebiblia.blogspot.com.br   Ilustração: mfcmamonas.no.comunidades.net
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Papa às famílias: 

Muitas vezes a vida é árdua, 
mas o que mais pesa é a falta de amor

Cidade do Vaticano (RV) - A Praça São Pedro foi cenário, na tarde deste sábado, de um grande encontro de festa que reuniu famílias do mundo inteiro no âmbito da peregrinação "Família, vive a alegria da Fé". Às 14h locais abriram-se as entradas da Praça São Pedro para acolher milhares de pessoas que já numerosas afluíam ao Vaticano.
 Jesus Cristo nos salva
O encontro desenvolveu-se com cantos e manifestações musicais, apresentação de grupos à espera do Papa Francisco, que às 17h20 locais chegou à Praça após passar pela Basílica Vaticana, sendo calorosamente acolhido pela multidão que o aguardava.
O Papa foi recebido por um grupo de dez crianças e por seus avós, sendo saudado por uma criança acompanhada da avó. Após as boas-vindas ao Santo Padre feitas pelo presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, seguiram-se os testemunhos sobre as alegrias e as dificuldades da vida familiar, o discurso do Papa e o ato de Profissão de Fé, representando as famílias do mundo inteiro.
A seguir, na íntegra, o discurso que o Papa dirigiu aos presentes:
"Queridas famílias, boa tarde!
Bem-vindas a Roma!
Viestes, como peregrinas, de muitas partes do mundo, para professar a vossa fé diante do túmulo de São Pedro. Esta praça acolhe-vos e abraça-vos: somos um só povo, com uma só alma, convocados pelo Senhor, que nos ama e sustenta. Saúdo também a todas as famílias que estão unidas através da televisão e da internet: uma praça que se espraia sem confins!
Quisestes chamar a este momento «Família, vive a alegria da fé!» Gosto deste título! Entretanto escutei as vossas experiências, os casos que contastes. Vi tantas crianças, tantos avós... Pressenti a tristeza das famílias que vivem em situação de pobreza e de guerra. Ouvi os jovens que se querem casar, mesmo por entre mil e uma dificuldades. E então surge-nos a pergunta: Como é possível, hoje, viver a alegria da fé em família?
1. No Evangelho de Mateus, há uma palavra de Jesus que vem em nossa ajuda: «Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos» (Mt 11, 28). Muitas vezes a vida é gravosa. Trabalhar é fatigante; procurar trabalho é fatigante. Mas, aquilo que mais pesa na vida é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser benquisto. Pesam certos silêncios, às vezes mesmo em família, entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre irmãos. Sem amor, a fadiga torna-se mais pesada. Penso nos idosos sozinhos, nas famílias em dificuldade porque sem ajuda para sustentarem quem em casa precisa de especiais atenções e cuidados. «Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos», diz Jesus.
Olhar pelas crianças
Queridas famílias, o Senhor conhece as nossas canseiras e os pesos da nossa vida. Mas conhece também o nosso desejo profundo de achar a alegria do lenitivo. Lembrais-vos? Jesus disse: «A vossa alegria seja completa» (Jo 15, 11). Disse-o aos apóstolos, e hoje repete-o a nós. Assim, esta é a primeira coisa que quero partilhar convosco nesta tarde, e é uma palavra de Jesus: Vinde a Mim, famílias de todo o mundo, e Eu vos hei-de aliviar, para que a vossa alegria seja completa.
2. A segunda palavra, tomo-a do rito do Matrimônio. Neste sacramento, quem se casa diz: «Prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida». Naquele momento, os esposos não sabem quais são as alegrias e as tristezas que os esperam. Partem, como Abraão; põem-se juntos a caminho. Isto é o matrimônio! Partir e caminhar juntos, de mãos dadas, entregando-se na mão grande do Senhor.
Com esta confiança na fidelidade de Deus, tudo se enfrenta, sem medo, com responsabilidade. Os esposos cristãos não são ingênuos, conhecem os problemas e os perigos da vida. Mas não têm medo de assumir a própria responsabilidade, diante de Deus e da sociedade. Sem fugir nem isolar-se, sem renunciar à missão de formar uma família e trazer ao mundo filhos. - Mas hoje, Padre, é difícil… - Sem dúvida que é difícil! Por isso, vale a graça do sacramento! Os sacramentos não servem para decorar a vida; o sacramento do Matrimônio não se reduz a uma linda cerimônia! Os cristãos casam-se sacramentalmente, porque estão cientes de precisarem do sacramento! Precisam dele para viver unidos entre si e cumprir a missão de pais. «Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença». Eles, no seu Matrimônio, rezam juntos e com a comunidade, porquê? Só porque é costume fazer assim? Não! Fazem-no, porque lhes serve para a longa viagem que devem fazer juntos: precisam da ajuda de Jesus, para caminharem juntos com confiança, acolherem-se um ao outro cada dia e perdoarem-se cada dia.
Na vida, a família experimenta muitos momentos felizes: o descanso, a refeição juntos, o passeio até ao parque ou pelos campos, a visita aos avós, a uma pessoa doente... Mas, se falta o amor, falta a alegria, falta a festa; ora o amor é sempre Jesus quem no-lo dá: Ele é a fonte inesgotável, e dá-Se a nós na Eucaristia. Nela, Jesus dá-nos a sua Palavra e o Pão da vida, para que a nossa alegria seja completa.
Sagrada Família,
abençoai-nos!
3. Está aqui, diante de nós, este ícone da Apresentação de Jesus no Templo. É um ícone verdadeiramente belo e importante. Fixemo-lo e deixemo-nos ajudar por esta imagem. Como todos vós, também os protagonistas da cena têm o seu caminho: Maria e José puseram-se a caminho, indo como peregrinos a Jerusalém, obedecendo à Lei do Senhor; e o velho Simeão e a profetisa Ana, também ela muito idosa, vêm ao Templo impelidos pelo Espírito Santo. A cena mostra-nos este entrelaçamento de três gerações: Simeão segura nos braços o menino Jesus, em quem reconhece o Messias, e Ana é representada no gesto de louvar a Deus e anunciar a salvação a quem esperava a redenção de Israel. Estes dois anciãos representam a fé como memória. Maria e José são a Família santificada pela presença de Jesus, que é o cumprimento de todas as promessas. Cada família, como a de Nazaré, está inserida na história de um povo e não pode existir sem as gerações anteriores.
Queridas famílias, também vós fazeis parte do povo de Deus. Caminhai felizes, juntamente com este povo. Permanecei sempre unidas a Jesus e levai-O a todos com o vosso testemunho. Obrigado por terdes vindo. Juntos, façamos nossas estas palavras de São Pedro, que nos têm dado força e continuarão a dar nos momentos difíceis: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!» (Jo 6, 68). Com a graça de Cristo, vivei a alegria da fé! O Senhor vos abençoe e Maria, nossa Mãe, vos acompanhe!"
O encontro concluiu-se com a Profissão de Fé, seguida da oração do Pai-Nosso e a Ave-Maria.
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Paróquia São José - Paraisópolis (MG)

Casais vivem momentos de graça e emoção

Neste sábado (26), diversos casais que participaram do Encontro promovido pela Pastoral Familiar no dia 18 de agosto último reuniram-se pela segunda vez no Centro Pastoral São José.
Confraternização e comemoração
Após a oração inicial, foi feita a leitura e uma rica partilha da Palavra de Deus que está em Col 3, 12-17. Seguiu-se um interessante testemunho sobre a trajetória de vida da encontrista Tereza Cristina Pereira dos Santos até a realização do matrimônio com Paulo Sérgio Aparecido Souza, sonho acalentado durante algum tempo e confirmado pela graça de Deus há sete anos. Alguns de seus familiares estiveram presentes ao momento do emocionante depoimento.
Após algumas considerações do Padre Sebastião Márcio Maciel e de alguns participantes, foi dada a bênção e o encontro concluiu-se com uma bela confraternização comemorativa do aniversário matrimonial do casal. Novo encontro ficou marcado para o dia 30 de novembro.
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Momentos do Encontro














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sábado, 26 de outubro de 2013

Arcebispo Celli sobre tuíter do Papa:

 São pílulas de esperança no caminho da vida

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco, com sua conta Twitter "@Pontifex", possivelmente alcançará neste final de semana a marca dos 10 milhões de seguidores, graças também ao grande encontro das famílias que neste sábado e domingo realizarão a sua peregrinação ao Túmulo de São Pedro, com dois dias de encontros com o Santo Padre.
Um pastor para seu povo
No momento, as 9 contas lingüísticas de "@Pontifex" – espanhol, inglês, italiano, português, francês, latim, alemão, polonês e árabe – totalizam 9 milhões e 980 mil seguidores, com a conta em espanhol que registra mais de 4 milhões de seguidores.
A esse propósito, eis o que nos disse o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, entrevistado pela Rádio Vaticano:
Dom Claudio Maria Celli: "Para nós, o importante é o seguinte: é o Papa que quer falar com os homens e as mulheres de hoje com uma linguagem que é compreensível e que é muito usada. Utiliza a linguagem do tweet, portanto, de somente 140 caracteres, para expressar seu pensamento, a sua palavra, para estar do lado dos homens e das mulheres de hoje. Um tweet do Papa é "retuitado" por seus amigos e – segundo um cálculo, certamente aproximativo – mais de 60 milhões de pessoas recebem o tweet do Papa. Isso significa que no caminho da vida, com as dificuldades, os momentos não fáceis, cada um desses amigos recebe em seu celular o tweet do Papa que podemos definir "uma pílula", "uma gota de espiritualidade, de esperança."
RV: Qual é a linguagem utilizada pelo Papa nestes 140 caracteres?
Dom Claudio Maria Celli: "É uma linguagem marcada por seu ser imediata. É claro, os 140 caracteres apresentam limites, porém, sempre repetimos de modo muito simples que também Jesus, em seu falar, usava – por assim dizer – um "mini-tweet"; basta pensar na formulação das bem-aventuranças: "Bem-aventurados os pobres de espírito"; ali está todo o Evangelho e, ao mesmo tempo, são menos de 140 caracteres. Aí, mais uma vez, a meu ver – e Bento XVI ressaltou isso numa de suas últimas mensagens para o Dia Mundial das Comunicações –, é justamente no silêncio que se pode adquirir a capacidade de transmitir com simplicidade, de modo imediato, com apenas 140 caracteres, conceitos e valores que são fundamentais para a vida do homem dos nossos dias."
RV: A utilização do tweet foi muito importante para a mobilização em favor da paz na Síria, em setembro passado...
Dom Claudio Maria Celli: "Com certeza. Os tweets do Papa desempenharam naquele momento um papel excepcional. Ajudaram a refletir, a rezar, a entender o que estava ocorrendo e a tomar uma posição."
RV: Tivemos o dia de oração e de jejum pela Síria, e nestes dias temos o encontro das famílias, com a peregrinação ao Túmulo de São Pedro, os encontros com o Papa: qual mensagem se transmite nesse caso?
Dom Claudio Maria Celli: "Uma mensagem de redescoberta do que é Jesus Cristo em nossa vida. É Ele que dá um sentido ao nosso caminho, é Ele que está conosco e partilha o nosso caminhar. E, muitas vezes, é o próprio tweet – que podemos ler em nosso celular – que nos ajuda a entender essa proximidade, que não estamos sozinhos."
RV: Através do twitter e de todos os meios de comunicação, para onde caminha esse Pontificado? São previstas novas iniciativas, particulares?
Dom Claudio Maria Celli: "Estamos notando que, por exemplo, a presença do Papa no News.va ou no Facebook tem uma repercussão que está aumentando cada vez mais. Portanto, diria que hoje estamos, observando com atenção aquilo que está acontecendo, e olhamos para frente." (RL)
                                                                                        Fonte: www.radiovaticana.va
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Leituras do Domingo

30º do Tempo Comum


1ª Leitura: Eclo 35, 15b-17.20-22a          Salmo: 33        2ª Leitura: 2Tm 4, 6-8.16-18
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EvangelhoLc 18,9-14

"O publicano voltou justificado"
Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
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Reflexão - Prece dos humildes
Quem precisa de algo se coloca na atitude de carente ou necessitado. A demonstração de que não precisa de ajuda já bloqueia o possível favorecimento de seu pedido. Até o próprio Filho de Deus mostrou a maneira humana de se dirigir ao Pai. Ele não precisaria de se humilhar ou se colocar como inferior, por ter também a natureza divina. Se Ele deu exemplo de humildade, muito mais nós, meras criaturas humanas, temos que nos dirigir de modo completamente confiantes e mostrando nossa pequenez diante do Criador. Ao mesmo tempo, a atitude de reconhecimento da grandeza e prodigalidade dele nos impulsiona à demonstração do comportamento de filhos confiantes, como a do filho pródigo! Não à toa Jesus nos ensina a oração confiante do Pai Nosso!
Quem faz todo o esforço para realizar a vontade de Deus tem a seu favor, na oração, a demonstração de que não quer fugir de realizar sua parte para ir ao encontro do projeto do Criador a seu respeito: “Quem serve a Deus como ele quer será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens” (Eclesiástico 35, 20), Mas, quem ainda se encontra totalmente fragilizado devido à sua vida não conforme os desígnios do Senhor, deve pedir força para tentar ser melhor. Mostra a Deus suas carências e seu esforço para mudar de vida. Ele não apaga o pavio ainda fumegante e vem em socorro dos carentes que suplicam seus favores.
Quem é orgulhoso e usa da religião para se projetar, não se importando com o testemunho de vida ética e serviçal em relação ao semelhante, coloca-se à margem da fé autêntica e da oração eficaz. Na parábola do fariseu e do homem pecador Jesus dá a lição da oração válida e aceita por Deus (Cf. Lucas 18,9-14). No primeiro caso a oração é arrogante, cheia de orgulho e de desprezo pelo outro. Nâo é o fato de a pessoa fazer muitos atos religiosos, e até comungar da Eucaristia, que leva sua aceitação por Deus. Tudo isso é importante, com a condição de a pessoa ter as disposições necessárias para ser aceita por Ele. Até certas pessoas de projeção social fazem seus atos religiosos em vista de seus interesses de propaganda política e outros interesses para angariar simpatia da comunidade religiosa.
A oração do cobrador de impostos, tido como pecador, foi louvada por Jesus, por sua atitude de reconhecimento de sua pequenez, sendo verdadeiramente humilde e confiante na bondade de Deus.É importante chamarmos os humildes para suplicarem a Deus em bem da superação de tantos males e injustiças na sociedade. Muitos desmandos são feitos também por quem usa da religiosidade para trair o povo, com o mau exercício de suas lideranças. Precisamos unir os humildes para pedirmos a Deus que converta esses maus corações e tenhamos mais e melhores serviços prestados à população, que paga seus impostos e merecem ser melhor servidos em suas necessidades!
                                  Dom José Alberto Moura - Arcebispo de Montes Claros (MG)
          Reflexão: cnbb.org.br    Banner: cnbb.org.br    Ilustração: www.franciscanos.org.br
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Padre brasileiro, João Wilkes Rebouças Chagas Júnior,

é nomeado responsável pelo setor jovem do Pontifício Conselho para os Leigos

O Pontifício Conselho para os Leigos (PCL) divulgou em sua página oficial na internet que o padre brasileiro João Wilkes Rebouças Chagas Júnior é o novo responsável pelo setor jovem do dicastério. Uma das obrigações do setor é a organização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em colaboração com o Comitê Organizador Local (cidade sede).
A serviço da Igreja e da Juventude
Padre João Wilkes é missionário da Comunidade Católica Shalom e especialista em teologia espiritual na Pontifícia Faculdade Theresianum de Roma. Começou sua colaboração junto a seção jovem do dicastério expressamente nos preparativos da JMJ do Rio de Janeiro desde 2011.
De acordo com a comunicação oficial a confirmação do novo responsável pela seção jovem ocorreu no dia 22 de outubro de 2013, dia da memória do beato João Paulo II. "Consciente de meus limites, mas desejoso de doar-me inteiramente ao Senhor neste serviço, hoje desejo garantir-vos a minha disponibilidade em vos escutar e caminhar junto a vós na edificação do Reino de Deus", declarou Wilkes, escrevendo aos responsáveis pela pastoral da juventude das conferências episcopais e das associações, movimentos, e novas comunidades internacionais.
No Brasil o fundador e moderador geral da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo, afirmou que a nomeação de padre Wilkes é um dos frutos da JMJ. "O serviço do padre João como responsável pelo setor de juventude do PCL é também um fruto da JMJ no Brasil. Creio que a sua nomeação também reflete o que a Igreja espera dos jovens do Brasil e de toda a América Latina com relação à grande responsabilidade de colaborar com a evangelização dos jovens do mundo inteiro", declarou o fundador.
Moysés também destacou a nomeação do missionário Shalom como um dos frutos da comunidade nascida em Fortaleza (CE) e destacou o significado data de confirmação do novo responsável pelo setor jovem. "É uma graça divina que isto tenha se concretizado no dia de João Paulo II, porque a comunidade nasceu aos pés do beato, no desejo de ofertar nossa vida e juventude paras evangelizar os jovens, em especial os mais distantes de Cristo e da Igreja", recordando a visita de João Paulo II à capital cearense em 1980. (JS
                                                                                     Fonte: www.portalecclesia.com
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